A banda Apocalypse Cùier, tem seu nome inspirado no poema de autoria de Tati Nascimento, que com toda sua sensibilidade e intelectualidade cirúrgica, de uma mulher preta-mãe em toda sua pluralidade, complexidade e beleza, escreveu o que para nós é um manifesto, ressoando com as nossas trans e múltiplas existências. O apocalypse cùier desperta para a necessidade de rever profundamente os alicerces que fundamentam a civilização ocidental, apela pela continuidade de uma verdadeira reparação contra as forças do colonialismo europeu, de raízes greco-romana-judaico-cristãcartesiana. Anuncia com arte, música, poesia e afeto, o fim de um sistema em colapso, um convite dançante para pensar e repensar as realidades criadas e impostas. 

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O show do apocalypse cùier, é uma experiência sensorial, emocional e espiritual, chama pelo renascimento dos povos antigos, chamados indígenas e africanos, chama pelo renascimento de valores que confluem com o sistema da natureza, porque nós mesmos somos essa voz preta, indígena e sapatransviade, somos nós mesmos os corpos que pela própria existência,

já rompem pactos significativos com os marcadores de poder desta civilização. Denunciamos as categorias de gênero, raça e religião, nos utilizando do nosso próprio espírito, de uma consciência e memória ancestral, das quais nos preenchemos para sobreviver e emergir dos destroços coloniais. Escute o Apocalypse Cùier, leia o Apocalypse Cùier, estude o Apocalypse Cùier! Axé! Saravá!